5G: o que é e qual sua importância política?

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Conteúdo sobre 5G.Carros que dirigem sozinhos, geladeiras que encomendam sua comida antes de acabar, fábricas com robôs que nos avisam quando estão prestes a dar defeito, filmes de completa imersão em realidade virtual… Tudo isso faz parte do “admirável mundo novo” prometido pela 5G, a quinta geração de redes de comunicação móvel.

Talvez você também já tenha ouvido falar, porém, que há uma tremenda discussão política em torno da 5G, envolvendo China de um lado, Estados Unidos do outro e todo mundo no meio! Mas, afinal, o que é a 5G e qual é a sua importância política? Apertem os cintos imaginários do seu assento e vamos descobrir!

Aviso: as sanções e políticas adotadas por cada país, inclusive pelo governo brasileiro, em relação ao equipamento 5G estão sujeitas a constante mudança até que a situação se estabilize no médio-prazo. É possível que medidas arroladas no momento da redação desse artigo já tenham sido superadas.

A 5G e redes de comunicação móvel

Como dito acima, a 5G é um nome curto dado à quinta geração de redes de comunicação móvel. Hoje, quando usamos nossos celulares para enviar mensagens, assistir vídeos ou fazer ligações (sem utilizar o Wi-Fi), nos valemos das redes 2G, 3G, 4G ou mesmo 4.5G a depender da cobertura de rede do lugar de onde estivermos falando. No momento da publicação deste artigo, a cobertura de 3G no Brasil é praticamente universal, chegando a 99,8% dos cidadãos brasileiros, e a cobertura de 4G não fica muito para trás, atingindo 97,3% da população, como pode ser visto na figura.

Mapa 5g.
Cobertura de rede no Brasil. Fonte: Anatel.

Essas redes de comunicação móvel, sejam da geração que forem, consistem em um conjunto de tecnologias que nos habilita a trocar informações a partir de dispositivos portáteis (como os celulares) a qualquer momento, do lugar onde estivermos, mesmo que estejamos em movimento. Isso as diferencia das redes de comunicação fixa, que só podem ser utilizadas a partir de pontos precisos no espaço, como é o caso dos telefones fixos (GUIMARÃES, 1998).

E como essas tecnologias chegam até nós? Bem, enquanto consumidores, nós não compramos a tecnologia de infraestrutura 5G propriamente dita, produzida por empresas como Huawei, Ericsson, Nokia e ZTE. Essas tecnologias são adquiridas e instaladas pelas operadoras de telefonia – Claro, TIM, Oi e Vivo – que usam dessa tecnologia para oferecer o serviço 5G que, aí sim, contratamos.

E, vale dizer, o Estado brasileiro, principalmente na figura da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), tem a função de “regular” os serviços de comunicação móvel. Isso envolve adotar medidas para o bom funcionamento desses serviços como, por exemplo, decidir qual equipamento pode ou não pode ser utilizado para sua prestação.

Um vôo rasante pelas gerações de redes móveis

A 5G, que hoje está em vias de ser implantada no Brasil, é a culminação de um longo processo histórico de evolução tecnológica.

Lá em 1979, quando a primeira geração de redes de comunicação móvel (1G) foi posta em operação no Japão, a tecnologia de sistemas de rádio analógicos utilizados à época só permitia a comunicação por áudio, a tradicional chamada telefônica.

Pouco mais de 10 anos depois, foi lançada a segunda geração (2G) – agora com sinal digital – que além de aumentar a segurança das comunicações viabilizou o envio de mensagens SMS (do inglês, Short Messaging Service, mensagens apenas de texto) e MMS (Multimedia Messaging Service, para imagens e vídeos).

O verdadeiro ponto de inflexão na nossa forma de usar as comunicações móveis, porém, veio com a terceira geração (3G). As taxas de transmissão – nome técnico daquilo que coloquialmente chamamos de “velocidade” da internet” – da 3G eram de tal forma superiores à da 2G que com ela era possível carregar vídeos na hora, jogar jogos online, fazer chamadas de vídeo e interagir em tempo real em redes sociais; tudo isso direto do seu celular.

Essa tecnologia, por si só revolucionária, recebeu um empurrão a mais com o lançamento do iPhone 3G, em 2008, marco de abertura da era dos smartphones.

A transição para a quarta geração (4G) foi mais suave. Embora a tecnologia tenha continuado a evoluir e as taxas de transmissão a aumentar, essa geração não desembocou em uma mudança tão radical na forma como utilizamos a tecnologia móvel. Inclusive, neste exato momento, as redes 4G continuam a ser aprimoradas para se tornar o que chamamos de 4.5 G.

O diferencial da 5G

A 5G, de que agora falamos, combina ganhos de desempenho em diversos aspectos. Além de melhorar o funcionamento geral da internet em dispositivos móveis, viabiliza aplicações antes impensáveis, entre elas a adoção em massa da computação em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e os veículos autônomos.

Os principais ganhos de desempenho aparecem em quatro características da rede: elevadíssimas taxas de transmissão, a alta confiabilidade de rede, latência próxima a 0 e alta capacidade de rede. Os nomes técnicos dessas características podem parecer um pouco complicados, mas já vamos explicar!

Taxas de transmissão

Com taxas de transmissão (velocidade de download e upload) mais altas, podemos receber e enviar conteúdos mais “pesados”. Isso aconteceu ao longo da evolução da comunicação móvel e é bem fácil de perceber. Você deve se lembrar que há alguns anos não existia essa de chamada de vídeo pelo celular e, se for um pouco mais velho, talvez se recorde de só conseguir usar o YouTube no computador. Para citar um exemplo mais recente, pense que aplicativos baseados em imagens e vídeos, como Instagram e Snapchat, só dão certo porque esses conteúdos carregam rápido o suficiente.

Com a 5G, para você ter uma ideia, a internet poderá ficar até 1000 mais rápida que a 4G, chegando a vertiginosas taxas de 10GB por segundo. Isso equivale a baixar um filme de 1 hora e meia em 4K no Netflix em um literal piscar de olhos (Digital Trends, 2020)! Veremos então emergir o uso rotineiro de vídeos em alta definição, imensos conjuntos de dados (Big Data) ou até mesmo ambientes computadorizados extremamente detalhados, projetados para uso com um dispositivo de Realidade Virtual.

Confiabilidade

A confiabilidade de uma rede é definida como a capacidade da rede de continuar funcionando quando há alguma falha em uma parte dela. Imagine que a rede de comunicações é como uma malha de estradas, que te leva da cidade A à cidade B. Em um primeiro cenário, há apenas um túnel interligando as duas cidades. Se depois de um temporal uma árvore tomba bem em frente a entrada, bloqueando a passagem, e não há lá ninguém que a remova, fica impossível ir de um lugar para o outro. Em outro cenário, porém, em que existam várias vias conectando as cidades ou alguém que rapidamente retire as árvores caídas do caminho, você pode confiar nas estradas para, a qualquer dado momento, se deslocar entre as cidades.

Assim, a grande vantagem da alta confiabilidade da 5G aparece em seu emprego para serviços essenciais (chamados mission critical em inglês) em que a existência de um conexão confiável pode ser questão de vida ou morte, como em cirurgias operadas remotamente (CHEN et al, 2006).

Latência

A latência, medida em milissegundos (ms), é o tempo entre o envio de um comando (por exemplo, o clique sobre um botão em uma página da internet) e o retorno do resultado desse comando (a ação daquele botão, que pode ser te levar para outra página).

Se só fazemos um uso corriqueiro de navegação na internet, a latência pode atrasar o carregamento de um site e tirar nossa paciência, mas nada muito grave. Por outro lado, para um drone ou um carro autônomo que decide pra onde ir e do que desviar com base em informações recebidas e enviadas da internet, um atraso pequeno pode ser catastrófico. A tecnologia 5G resolverá esse problema esmagando a latência de 200ms para 1ms! Exatamente – um milésimo de segundo.

Capacidade de rede

Por fim, vale mencionar o aumento prodigioso na capacidade de rede. A capacidade, como o próprio nome indica, é uma medida de “quanto cabe” na rede, isto é, quanta informação pode transitar por ela ao mesmo tempo (lembre-se aqui da analogia com as estradas) em um dado espaço. Da 4G para a 5G podemos esperar um aumento de até 100x no número de dispositivos ligados simultaneamente por unidade-área (por exemplo, por quilômetro quadrado, km2).

Com tanto espaço a mais, não serão mais só os celulares e computadores que ficarão ligados na internet: produtos de todos os tipos estarão conectados entre si e na nuvem, criando aquilo se conhece como Internet das Coisas (ou IoT, do inglês Internet of Things).

No ambiente doméstico, aparecerão as “casas inteligentes” (smarthomes), em que a geladeira, a televisão, o sistema elétrico e até mesmo os sistema de aquecimento/ar-condicionado receberão e enviarão dados pela internet, fazendo ajustes em seu funcionamento em tempo real. As aplicações são tantas também em outros setores, como na agricultura e na indústria que valeriam até um artigo próprio.

Dá para perceber a escala do impacto da 5G, não? Em um estudo recente, a empresa americana de tecnologia Qualcomm, estima que o potencial econômico máximo da 5G será atingido por volta de 2035. Até lá, a quinta geração contribuiria para um aumento da produção global equivalente a 13 trilhões de dólares (ou 65 trilhões de reais à taxa de câmbio ilustrativa de R$ 5,00) e geraria mais de 22 milhões de empregos ao redor do mundo.

A política da 5G: conflito ou competição saudável?

E afinal, onde está a confusão política nessa história da 5G? Para todos os lados! Mas podemos dizer que o problema central é o seguinte: pairam sérias suspeitas, principalmente por parte dos Estados Unidos e alguns países Europeus, sobre a empresa líder de mercado no oferecimento de infraestrutura 5G – a gigante chinesa Huawei – e seu comprometimento com a segurança das comunicações em suas redes.

Especificamente, existe o receio de que os equipamentos da Huawei tenham as chamadas backdoors, isto é, canais clandestinos de comunicação. Em tese, as backdoors poderiam ser utilizadas pelo governo chinês para promover todo tipo de ações escusas, como coletar dados em massa ou realizar ataques cibernéticos a infraestrutura crítica.

Para piorar a situação, esse debate se insere em um contexto de tensas relações sinoamericanas. As duas potências já entraram em confronto em diversas pautas, desde as disputas territoriais pelo Mar do Sul do China, à recente guerra tarifária e, agora na crise da pandemia de COVID-19, com os embates sobre a origem do vírus e a gestão da Organização Mundial da Saúde (OMS) acusada pelo presidente Trump de ser dominada pela China.

Surgiu, assim, uma discussão entre governos ao redor do mundo sobre permitir ou não a compra e uso de equipamento da Huawei em seu território. Aqueles que defendem impedir a Huawei (e outras empresas chinesas, como a ZTE) de entrar nos mercados de seus países argumentam que a segurança nacional deve ter primazia – o Estado não pode pôr em risco informações confidenciais ou mesmo a privacidade de seus cidadãos. Por outro lado, para aqueles favoráveis à ampla competição, a entrada da Huawei nos mercados de comunicação é salutar. Afinal, argumentam, o equipamento da empresa é bom e sua presença na disputa pelo mercado ajudará a derrubar os preços, beneficiando os consumidores.

Os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, têm procurado dar apoio a empresas fortes de países aliados como a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia. Para se ter um ideia da força dessas empresas, elas detêm, respectivamente, 27% e 22% do mercado de infraestrutura 3G e gerações anteriores, ficando atrás apenas da própria Huawei. Além disso, o governo Trump tem lançado mão de outras “punições” contra a empresa chinesa, como vedar a entrada de seus funcionários nos EUA e proibi-la de utilizar equipamentos projetados usando tecnologia americana.

Alguns países têm dado sinais de preferir a via de Trump, enquanto outros adotam uma postura mais aberta. No primeiro grupo encontramos, por exemplo, o Reino Unido, cujo Secretário de Estado para Assuntos Digitais anunciou, no dia 14 de julho, que empresas de comunicação operando em solo britânico estarão proibidas de comprar o kit 5G da Huawei a partir de 31 de dezembro deste ano, e ainda terão de remover todo o equipamento já instalado até 2027. Seguem nesse mesmo caminho também a Austrália – que já havia banido o equipamento da Huawei lá em 2018 – e o Canadá.

Certos países europeus têm demorado mais a responder e lançam mão de políticas mais brandas. Na França, o governo tem recomendado (mas não obrigado) as companhias de telefonia a não comprarem equipamento da Huawei, enquanto a Alemanha preferiu adiar sua decisão para o final desse ano.

Quer entender mais sobre as disputas políticas em torno da 5G? Assista nosso vídeo sobre o assunto!

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A política da 5G no Brasil

Aqui no Brasil, o debate segue as linhas gerais observadas na querela internacional. No momento, ainda estamos, por assim dizer, “em cima do muro” com grupos importantes entrando em choque sobre a melhor política a adotar. Essa decisão é importante, porque sem ela o Brasil terá dificuldades em avançar na instalação de sua rede 5G e, assim, não conseguirá extrair as enormes vantagens econômicas que a 5G tem para oferecer.

Em termos de política pública (ou melhor, regulação, como falamos lá no inicio), a 5G só poderá engatar no Brasil uma vez realizado o famoso “Leilão da 5G”. Neste leilão, o Governo Federal vende autorizações para o uso econômico de certas faixas de frequência (a faixa de frequência é como a “estrada” por onde passa a comunicação sem fio) às operadoras de telefonia móvel. É nessas faixas de frequência que transitarão nossos vídeos, zap zaps e afins. No entanto, se não há decisão sobre aceitar ou não o equipamento da Huawei, as empresas não conseguem saber qual comprar – e aí de pouco adianta fazer o leilão.

Opiniões opostas dentro do governo

Mas bem, para falar apenas do Governo Federal, temos de um lado o grupo que muitos veículos de imprensa se referem como  “ala ideológica” do governo Bolsonaro (termo aliás rechaçado pelo próprio presidente) – da qual o Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo é um dos principais expoentes – e, do outro, membros do governo com preocupações de ordem econômica, como a Ministra da Agricultura Teresa Cristina e o Ministro da Economia Paulo Guedes.

A “ala ideológica’ tende a se alinhar com a posição de contestação à China adotada pelo presidente Trump e, portanto, contrária à entrada dos produtos da Huawei no Brasil. Jair Bolsonaro, que já seguiu o presidente Trump em outras pautas, como a crítica à Organização Mundial da Saúde na resposta à pandemia de COVID-19 e a defesa aos interesses do Estado de Israel, parece inclinado a fazer o mesmo no caso da 5G. Em uma live no dia 11 de julho, disse o seguinte:

“Nós vamos atender requisitos da soberania nacional, segurança das informações, segurança de dados e política externa, que também entra nessa questão” (Jair Bolsonaro, 11 de Julho de 2020)

Precisamente com a justificativa de interesse nacional, Bolsonaro determinou que o leilão da 5G saísse da alçada da ANATEL e passasse a ser monitorado pelo próprio Palácio do Planalto, diminuindo o teor técnico e realçando o teor político da decisão.

Já aqueles que apoiam a entrada da Huawei no Brasil diriam que o problema com essa postura é que ela traz sérios prejuízos, sobretudo econômicos. Em primeiro lugar, a China é, disparado, o maior parceiro econômico do Brasil, como se pode ver pelo volume de exportações e importações entre os dois países. Despertar animosidades do gigante asiático significa pôr em risco boa parte da economia brasileira, parcialmente dependente da demanda (como o agronegócio e o setor de mineração) ou da oferta chinesa (como o setor industrial) para se sustentar e crescer.

Em segundo lugar, seguindo uma linha de argumentação econômica liberal, a presença da Huawei no mercado brasileiro é benéfica, pois ela amplia a concorrência, e assim contribui para que o preço do equipamento caia e a qualidade dos produtos oferecidos aumente. Nas palavras de Paulo Guedes:

“Na hora que chega o 5G, seria interessante deixar a competição funcionar. Deixar a Ericsson de um lado (…), deixar a Huawei do outro lado. Deixar chinês brigar com americano, brigar com os nórdicos, pra ver quem nos serve melhor.” (Ministro da Economia Paulo Guedes, em entrevista à CNN Brasil, no dia 6 de Julho de 2020)

O resultado da combinação desse vai-e-vem político com algumas dificuldades técnicas que a ANATEL tem experimentado nos testes da 5G, é que o Leilão da 5G, ao que tudo indica, só acontecerá em 2021. E isso não é só um aborrecimento burocrático, mas um sério motivo de preocupação no que diz respeito à competitividade da economia brasileira. A 5G, afinal, não nos trará meras geringonças frívolas, mas uma nova estrutura para a economia mundial.

O pesquisador de Relações Internacionais, Oliver Stuenkel, observa uma demora na resposta do governo federal às necessidades regulatórias impostas pela 5G, e coloca a questão da seguinte maneira:

“Contudo, os atrasos também mais se parecem com um desejo de adiar um decisão difícil que deixará ou os EUA ou a China profundamente desapontados. Tal estratégia põe em risco a competitividade brasileira em uma economia global cada vez mais dependente de novas tecnologias, que vão desde carros autônomos e drones até comunicações e finanças globais. (…) Na realidade, serão poucos, ou nem sequer um, os setores da economia ou governaça que não serão afetados pela tecnologia 5G.” (STUENKEL, 2020)

Com a recente recriação do Ministério das Comunicações (desmembrado do MCTIC), o ministro Fábio Faria (PSD-RN) passou a se engajar no processo da 5G e mostrou-se, até o momento, finamente alinhado com o presidente Bolsonaro.

Em entrevista recente, diz estar em contato e negociação com diferentes fornecedoras de tecnologia 5G, inclusive a Huawei, mas frisa

“No final quem vai decidir é ele [o presidente]”. É possível que, colocando o assunto debaixo de um ministério com menos atribuições, sob o comando de um ministro próximo ao presidente, o processo flua melhor – o que não garante que as controvérsias desaparecerão de imediato.

E você, o que acha sobre o debate da 5G?

REFERÊNCIAS

AHAD, Abdul; TAHIR, Mohammad; YAU, Kok-Lim Alvin: 5G-Based Smart Healthcare Network: Architecture, Taxonomy, Challenges and Future Research Directions

ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações: Qualidade da Telefonia Móvel

BBC NEWS: Huawei: China attacks UK’s ‘groundless’ ban of 5G kit

CHEN, He; ABBAS Rana. CHENG, Peng; SHIRVANIMOGHADDAM, Mahyar , HARDJAWANA, Wibowo; BAO, Wei; LI, Yonghui; e VUCETIC, Branka Vucetic: Ultra-reliable Low Latency Cellular Networks: Use Cases, Challenges and Approaches

DIAS, Pedro Henrique Sales: Redes 5G I: A nova geração de redes celular” em Seção Tutoriais Telefonia Celular

Digital Trends: How Much Data Does Netflix Use?

Equipe TOTVS: 6 aplicações de internet das coisas em sua rotina

Global Agency: Telecom industry’s first 5G core competitive analysis published by GlobalData reveals it is a close race

GUIMARÃES, Dayan Adionel: Introdução às Comunicações Móveis

IGI Global: What is Network Reliability?

KANAVAGH, Sacha: How fast is 5G?

PANCEVSKI, Bojan: U.S. Officials Say Huawei Can Covertly Access Telecom Networks

Qualcomm. “Everything you need to know about 5G”

STUENKEL, Oliver. “Brazilian 5G: The Next Battleground in the U.S.-China Standoff”

Teleco – Inteligência em Comunicações: Cobertura das operadoras e população atendida

TÉRAL, Stéphane: IHS Markit: Huawei Led Global 4G LTE Infrastructure Market which totalled $22.9B in 2018; China CAPEX bottoms out

Thales Group: Introducing 5G technology and networks (definition, use cases and rollout)

The Economist: America’s war on Huawei nears its endgame

U.S. Department of Commerce: Commerce Addresses Huawei’s Efforts to Undermine Entity List, Restricts Products Designed and Produced with U.S. Technologies

Valor Econômico: Leilão de 5G será incluído no PPI e será monitorado pelo Palácio do Planalto

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Conteúdo escrito por:
Estudante de Relações Internacionais na Universidade de Brasília.
Silva, Bernardo. 5G: o que é e qual sua importância política?. Politize!, 5 de outubro, 2020
Disponível em: https://www.politize.com.br/5g-o-que-e/.
Acesso em: 7 de out, 2024.

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