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Vixe, deu zebra! Quais as maiores zebras na copa do mundo?

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Vixe, deu zebra! Imagem. Freepik.

No mundo esportivo, temos várias abreviações e gírias para falar sobre algum lance, alguma regra e até mesmo sobre o resultado da partida. Desde a famosa caneta, o pedido de que estava na linha, e a sempre lembrada zebra, o esporte ganha cada vez mais significados. Você sabe quais são as maiores zebras na copa do mundo?

É muito comum usarmos essas expressões para falar sobre alguma coisa absurda, algo em que não acreditamos de primeira ou até fazer aquela brincadeira com o time adversário. E a famosa zebra, que sempre é usada, tem uma origem muito curiosa.

E você, sabe o que significa esta expressão?

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Significado da zebra esportiva

O termo “deu zebra” é muito comum no meio esportivo e em várias competições de várias modalidades. A zebra sempre aparece para despertar a emoção para aqueles que gostam de acompanhar o seu esporte favorito e neste texto você irá entender que nem sempre ela é esperada.

Nos esportes disputados com dois times, sempre existe uma comparação entre ambos. Se um é melhor que o outro, se está jogando o campeonato melhor que o outro e até mesmo como que é o histórico entre as duas equipes.

Além disso, é muito comum olharem para a tradição daquele time no esporte. Um grande time de futebol cheio de tradição e títulos, por exemplo, tem uma maior chance de vitória contra um time sem muita tradição e até mesmo sem títulos importantes na sua história.

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Mas, como a disputa acontece no campo de jogo e não nas estatísticas, nunca podemos saber o que pode acontecer. O time de maior torcida, com mais vitórias, pode sim ganhar daqueles que não têm a mesma potência. Mas quando o contrário acontece, o menos favorito ganha do mais favorito, nós temos uma zebra!

A famosa zebra nada mais é que se referir a algum resultado em que o menor ganhou do maior, quando um favorito é derrotado. Isso vale em qualquer disputa, ainda que sua origem partiu de um jogo que não tem absolutamente nada a ver com nenhum esporte praticado.

Origem da zebra

Em meados de 1964, antes de um jogo válido pelo campeonato carioca de futebol entre Vasco da Gama e Portuguesa-RJ, o técnico da Portuguesa, Gentil Cardoso, deu uma entrevista para um repórter que estava em campo.

Quando o repórter perguntou sobre o jogo, Gentil rapidamente respondeu que o resultado seria zebra. E sem pretensão de criar um bordão usado até hoje no esporte, o técnico quis dizer que o time dele sairia vencedor.

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Dentro do contexto esportivo essa foi a origem do termo, mas a zebra mesmo faz referência ao jogo do bicho, um jogo de apostas muito tradicional nas cidades brasileiras.

O jogo do bicho basicamente tem seus números representados por animais e a aposta é escolhida a partir de algum animal no jogo. São dezenas de animais representados neste jogo, mas a zebra – usada por Gentil – não está presente na aposta. Portanto, é impossível que a zebra ganhe no jogo do bicho.

E fazendo essa referência, o comandante da Portuguesa-RJ realmente acreditava que o seu time – o menos favorito – seria o vencedor da partida contra um mais favorito no campeonato. Na ocasião, a vitória ajudou a salvar o time de Gentil do rebaixamento.

E o impossível de fato aconteceu, um time venceu seu adversário que estava melhor colocado no campeonato. O jogo terminou 2×1 para a Portuguesa. Deu zebra!

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Desigualdade no futebol não dá zebra

Até aqui conversamos sobre o que um termo criado ao acaso mudou a história do significado de um time menos favorito triunfar contra o mais favorito. Claro que dentro de todo esse significado, existe algo por trás, um assunto silencioso.

A desigualdade financeira entre os clubes ao redor do mundo não é novidade para ninguém. Essa diferença entre uns e outros, por vezes é reflexo evidente da própria realidade do país, do estado e até mesmo da cidade onde o clube está.

No decorrer do texto usamos a palavra “favorito” para poder facilitar a conversa sobre a zebra no mundo do esporte. E ser favorito, nesse sentido competitivo, é ter a vantagem de vencer, seja pela popularidade, história ou tradição. Mas algo sempre presente desde os tempos antigos do esporte, é a diferença entre o investimento de cada clube.

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Usando o exemplo do Brasil no campeonato de pontos corridos ou na copa nacional, vemos anualmente aqueles que vão às finais e aqueles que ficam nas primeiras fases ou são rebaixados. As diferenças estruturais de cada um deles, seus estádios e centros de treinamentos, são exemplos de como são diferentes os clubes que dividem o mesmo campo.

Existem algumas ligas de futebol pelo mundo, por exemplo, que utilizam o fair play financeiro, visando melhorar a condição monetária dos clubes e tornar o mercado do esporte mais sólido, para que haja uma concorrência justa entre os clubes da mesma liga e divisão. Mas não tem a intenção direta de equalizar todos os times.

São estratégias para tentar equilibrar o avanço e controlar o retrocesso que nem sempre funciona ao ponto da zebra ainda ser mais surpresa do que alegria para quem gosta de acompanhar o esporte. O favorito ganhando mais e a zebra, menos.

Em âmbitos internacionais, nas seleções de futebol, por exemplo, o mesmo acontece como projeção do futebol naquele país. Onde o esporte é mais popular e mais competitivo, existe uma arrecadação maior para o investimento e melhoramento daquele time.

Nas Copas do Mundo vemos os craques espalhados por várias seleções de vários continentes diferentes. Entretanto, mesmo com um ou dois bons jogadores, não são as seleções de menor expressão que avançam para as fases finais ou levam certa vantagem nas seleções que tem o time inteiro de estrelas.

Mas como o futebol sempre é uma caixinha recheada de surpresas, sempre temos alguns resultados históricos que marcam não só o futebol, mas o sentimento de cada torcedor daquela seleção. Não é comum, mas sempre acontece.

As zebras da história na copa do mundo

Como Gentil Cardoso eternizou em 1946, as zebras – o bordão brasileiro para o esporte – sempre andam nos campos dos campeonatos por aí afora. O entusiasmo de ver uma reviravolta no esporte é sempre destaque para quem acompanha.

Na Copa do Mundo de futebol não é diferente, as seleções favoritas para avançarem até a fase final e até mesmo serem as campeãs sempre são pegas de surpresa uma vez ou outra com a temida zebra.

E pra fechar com chave de ouro, separamos cinco zebras em Copas do Mundo. Claro que muitas zebras sempre aconteceram, mas o critério da escolha foi o campeão que na Copa seguinte foi surpreendido pelos azarões.

Vixe, deu zebra: Argentina x Camarões

Em 1990, a Argentina, campeã de 1986 com Maradona e outros craques na estreia para Camarões. Os camaroneses ganharam por 1 x 0.

Vixe, deu zebra: Alemanha x Bulgária

Em 1994, ano de triunfo do Brasil, a zebra foi no confronto dos alemães campeões de 1990 contra a Bulgária. O jogo ficou 2 x 1 para os búlgaros.

Vixe, deu zebra: França x Senegal

No ano de 2002, na primeira Copa sediada por dois países – Coreia do Sul e Japão – Senegal teve uma vitória para cima da França. A campeã de 1998 perdeu por 1 x 0 e foi eliminada na fase de grupos daquela edição.

Vixe, deu zebra: Itália x Eslováquia

Na Copa da África do Sul, em 2010, a campeã de 2006 Itália sofreu num jogo marcado por vários gols. Os italianos acabaram em último lugar no grupo após uma derrota por 3 x 2 contra a Eslováquia.

Vixe, deu zebra: Alemanha x México

A Copa na Rússia de 2018 foi marcada pela zebra da Alemanha, que levantou o título no Brasil, em 2014. Os alemães já tinham perdido do México na primeira rodada da fase de grupos, mas não bastou e mais uma surpresa aconteceu. Na última rodada, perdeu para a Coréia do Sul de 2 x 0, o que não possibilitou a sua continuação naquela edição.

E você, aprendeu algo novo sobre as zebras no mundo dos esportes? Será que vem mais resultados inesperados pela frente? Nos conte nos comentários! E para saber mais sobre os bordões no esporte, continue lendo os textos da Politize!

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Conteúdo escrito por:
É nascido e criado no ABC Paulista, Bacharel em Relações Internacionais e tem grande interesse por assuntos relacionados à América Latina, Política Externa Brasileira e Educação. Tem experiência em coordenar projetos de Simulações das Nações Unidas. Ativista a favor do acesso à educação, acesso à oportunidades de aprendizado e preservação do meio ambiente.

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04 maio. 2024

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