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O que é o Orgulho lésbico? Entenda a sua importância e principais reivindicações

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Imagem: Getty Images.

Falar de Orgulho Lésbico é fundamental para dar visibilidade à diversidade de cada indivíduo e compreender mais sobre suas pautas. Se você tem interesse no assunto e busca entender o contexto, o movimento e as suas reivindicações, vem com a gente que a Politize! te explica.

Veja também nosso vídeo sobre orgulho LGBT!

Contexto das principais datas do Orgulho Lésbico

Em 19 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Orgulho Lésbico essa data acontece em memória a manifestação de ativistas do Grupo Ação Lésbica Femina (GALF) que no ano de 1983, na cidade de São Paulo, ocuparam o Ferro’s Bar. A fim de reivindicarem os seus direitos e protestarem em relação aos preconceitos que sofriam no local, o bar era ponto de encontro entre ativistas LGBT e artistas onde frequentavam para comercializar os seus trabalhos e passar um tempo em lazer.

As desavenças iniciaram-se quando os donos do estabelecimento proibiram a venda do boletim “Chana com Chana”, primeira publicação em prol do ativismo lésbico no Brasil. E acabaram expulsando suas escritoras. Após a mobilização, um dos proprietários se comprometeu a não intervir na comercialização da revista.

Além disso, este protesto ficou conhecido como “Stonewall Brasileiro” em referência a uma manifestação do movimento LGBT ocorrida nos Estados Unidos no qual explicaremos no próximo tópico.

Imagem do Boletim Chana com Chana.

Também em agosto tem se o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica que marca a data do primeiro Seminario Nacional de Lesbicas (SENALE) realizado em 29 de agosto de 1996 e organizado pelo Coletivo de Lesbicas do Rio de Janeiro (COLERJ) cujo tema do evento foi a “Visibilidade, Saúde e Organização” com a finalidade de debater as principais dificuldades enfrentadas por essas mulheres além de atuar para a diminuição da lesbofobia.

Quando e como surgiram os primeiros movimentos?

O começo do movimento LGBT no mundo ocorreu em 28 de junho de 1969 nos Estados Unidos no qual aconteceu uma manifestação de pessoas LGBT em respostas às repressões policiais feitas no bar gay Stonewall Inn. Além de ter sido um importante fator que contribuiu para os direitos da comunidade e serviu de referência ao protesto brasileiro citado no tópico anterior.

Imagem do Bar Stonewall Inn.

Já no Brasil teve início em 1979 com o Grupo Somos, primeira Organização LGBT do país, que lutava pela cidadania e contra o regime militar. Dentro dele foi criado o Grupo de Ação Lésbico- Feminista (LF) sendo considerado o primeiro espaço realizado para se discutir as pautas de lesbiandade. Mas, devido a maior parte dos integrantes serem homens no Grupo Somos, as mulheres tiveram de lidar com o machismo e com a não aceitação de suas ideias, em consequência disso elas optaram por sair.

Porém, em 1980, as mulheres lésbicas trocaram o nome LF para Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) e tinham como intuito a conscientização referentes as suas dificuldades e debates. Tendo como membros Rosely Roth e Míriam Martinho, pioneiras do movimento.

Reivindicações

As mulheres lésbicas no Brasil passam por vários tipos de violências que vão desde psicológicas à físicas, muitas delas ocasionando em morte, tendo por definição o Lesbocídio. A falta de visibilidade sobre suas dificuldades acarretam ainda mais em preconceitos sofridos por elas.

Tais acontecimentos podem ser percebidos desde a infância no qual os conteúdos infantis não apresentam representatividade em seus personagens e, em consequência disso, privam a ideia da existência de diversidade.

Além disso, elas precisam lutar constantemente contra o patriarcado que lhes impõem estereótipos e fazem uso de termos pejorativos a fim de desqualificar as mulheres lésbicas por não seguirem os padrões estabelecidos. Junto disso é percebido o machismo presente na sociedade no qual, propagam a visão da mulher como um objeto o que contribui para a sexualização de seus corpos. Outro fator são a escassez de pesquisas e notícias referentes à saúde, violência e sua história.

As principais reivindicações das mulheres lésbicas são de assegurar os seus direitos humanos, combater o preconceito e a violência por meio de políticas públicas capazes de dar segurança. Além de trazer mais visibilidade às suas pautas.

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Conteúdo escrito por:
Me chamo Victória, sou de Ipatinga, mas cresci em Belo Horizonte. Atualmente, ingressei no curso de Ciências Sociais pela UFRB. Sou apaixonada por história, literatura e ciências. Tenho como hobby escutar música e aprender sobre esse mundão que nos cerca.

O que é o Orgulho lésbico? Entenda a sua importância e principais reivindicações

27 abr. 2024

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