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Letra G

O genocídio é considerado crime contra a humanidade. O genocídio é a eliminação/extermínio sistemático e intencional de um grupo, seja através da aplicação da força ou por meio de negligência. A motivação decorre da discriminação contra estes grupos, geralmente, minoritários.

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Entre 1915 e 1918, o governo da Turquia foi responsável por um dos maiores massacres do século XX: o genocídio armênio. Cerca de 1,5 milhões de pessoas morreram e outras milhares foram obrigadas a deixar sua terra natal. A ocupação turca dominou a parte ocidental da Armênia, dizimando também relíquias culturais de mais de três mil anos de história. As consequências da ocupação da Armênia pela Turquia não são reconhecidas por todos os países como um genocídio. 

Saiba mais sobre a história da ocupação da Armênia pela Turquia neste conteúdo da Politize!.

O genocídio bósnio ocorreu durante a Guerra da Bósnia, resultado de disputas étnicas, políticas e religiosas decorrentes do desmembramento da Iugoslávia. Durante a década de 1990, a Iugoslávia dividiu-se em seis países (Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Sérvia). No início de 1992, tropas sérvias cercaram a capital Sarajevo e deram início a uma tentativa de limpeza étnica da Bósnia através de bombardeios sistemáticos e ataques indiscriminados contra civis. Dentre os motivos que levaram ao fim da guerra, estão o apoio militar iraniano e o apoio financeiro de outros países muçulmanos ao exército bósnio, bem como a pressão de potências ocidentais contra a Sérvia. Estima-se que, durante o período da guerra, cerca de 200 mil pessoas tenham sido mortas, mais de 40 mil mulheres bósnias tenham sido estupradas e quase 2 milhões foram forçados a se refugiar. O genocídio ocorreu entre 1992 e 1995.

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O Khmer Vermelho, partido comunista no Camboja liderado por Pol Pot, foi responsável pela perseguição e morte, majoritariamente em campos de trabalho forçado, de mais de 1,7 milhão de cambojanos anticomunistas ou suspeitos de não apoiar o partido. As práticas do grupo contabilizaram uma perda de aproximadamente 25% da população do país entre os anos de 1975 e 1979. Minorias étnicas que viviam no Camboja, principalmente chinesas e vietnamitas, acabaram sendo dizimadas posteriormente pelo regime.

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Um dos exemplos coloniais mais brutais de genocídio consistiu na dizimação da população do Congo pelo rei Leopoldo II da Bélgica. Denominado “Estado Livre do Congo”, o território não consistia em uma colônia propriamente dita, mas em um propriedade pessoal do rei belga.

Estima-se que entre 1885 e 1908 tenham morrido entre 5 e 8 milhões de pessoas, muitas das quais haviam sido escravizadas para trabalhar na extração intensa de borracha e marfim. Após as brutalidades deste tipo particular de colonização terem sido expostos pela imprensa ocidental, o território passou a ser colônia da Bélgica com o nome de “Congo Belga” em 1908.

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Os curdos são um grupo étnico que atualmente vive, em sua maioria, na região denominada Curdistão, a qual engloba partes da Turquia (representando cerca de 20% da população do país), do Iraque (entre 15% e 20%), da Síria (aproximadamente 15%) e do Irã (entre 10% e 15%). Frequentemente citados como “a nação sem Estado”, os curdos nunca viveram sob um poder centralizado e dividem-se em diferentes partidos e facções entre os quatro países.

Em 1987, em meio à Guerra Irã-Iraque, o presidente iraquiano Saddam Hussein iniciou uma campanha de genocídio contra a população curda, ordenando a destruição de aproximadamente 4.500 vilarejos na região do Curdistão iraquiano e, consequentemente, ocasionando a morte de até 182 mil curdos. Isso ocorreu por causa do posicionamento curdo contra o governo do Iraque, em apoio ao Irã. As ofensivas iraquianas, que consistiram em bombardeios e ataques com gases tóxicos, também ocasionaram um deslocamento maciço da população curda para as regiões vizinhas. O genocídio ocorreu entre os anos de 1987 e 1989.

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Considerado o primeiro genocídio do século XX, consistiu no massacre de 50% da população namaquas e 80% dos hererós, grupos étnicos do sudoeste africano, pelo exército alemão na região onde hoje é a Namíbia. Em 1904, tanto os hereros quanto os namaquas se revoltaram contra o domínio colonial e foram derrotados pelo exército alemão, que os fez marchar até o deserto de Omaheke, onde muitos morreram de sede. Foram utilizados campos de concentração e o envenenamento de poços de água na região desértica onde estavam os prisioneiros sobreviventes. O extermínio ocorreu entre os anos de 1904 e 1907. Em 2004, a Alemanha reconheceu o genocídio e pediu desculpas formais.

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Desde a chegada dos europeus nas Américas, em 1492, estima-se que ao menos 15 milhões de indígenas foram mortos pelos colonizadores. Atualmente, a marginalização destes povos e a restrição de acesso aos seus direitos persiste em praticamente todo o continente.

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O genocídio em Ruanda ocorreu durante aproximadamente 100 dias durante o ano de 1994 e diz respeito à rivalidade étnica que levou ao massacre do grupo étnico minoritário chamado tutsis por parte de extremistas hutus, etnia predominante no país. Apesar das diferenças entre as etnias serem sutis, a colonização belga do país tentou administrar o país através de um sistema artificial de castas, apontando uma minoria tutsi para cargos de controle do país.

Em 1994, em meio a um governo de transição composto por ambas as etnias, previsto por um acordo de paz mediado pela ONU, extremistas hutus iniciaram uma campanha de massacres à população tutsi. Mais de 500 mil pessoas foram mortas, entre 200 e 500 mil mulheres foram estupradas e cerca de 5 mil meninos recém-nascidos foram assassinados. Além disso, houve um deslocamento maciço da população para as áreas de fronteira com a Uganda e o antigo Zaire (atual República Democrática do Congo).

O genocídio só terminou quando a resistência armada tutsi, com apoio do exército da Uganda, conseguiu retomar definitivamente o país, ocasião na qual mais de 2 milhões de hutus refugiaram-se, temendo retaliação.

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O Holomodor, ou genocídio ucraniano, consistiu na perseguição aos ucranianos por Stalin, líder da União Soviética entre 1922 e 1953, durante a tentativa de limpeza étnica da região. A Ucrânia, junto com o Cazaquistão, foi forçada a exportar toda sua produção de trigo, levando grande parte de sua população à morte por inanição, ou seja, por falta de comida e água. Dentre as práticas recorrentes de ação deliberada de extermínio do povo ucraniano pelo regime soviético, estavam a proibição do idioma ucraniano, a perseguição dos ucranianos pelo serviço secreto soviético e o abandono de crianças ucranianas. O genocídio ocorreu entre os anos de 1932 e 1933.

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